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Os Cordyceps destacam-se de outras variedades de cogumelos tradicionais não só pelas suas propriedades adaptogénicas, mas também porque se desenvolve nas larvas de insetos mortos. Continue a ler para ficar a saber o que precisa sobre esta espécie fascinante.
Antes de lidarmos com as especificidades da espécie cordyceps, é útil explicar o que queremos dizer com cogumelos adaptogénicos. As espécies de cogumelos consideradas "adaptogénicas" poderão ajudar a reforçar o bem-estar graças a como as suas moléculas influenciam a resposta mental, física e química ao stresse do corpo.
Ao encontrar-se melhor equipado para lidar com o stresse, o corpo pode concentrar-se mais em sistemas e funções essenciais, incluindo o sistema imunitário, o sono, a produção de energia, a energia física etc. Felizmente para nós, o cordyceps é uma das poucas espécies de cogumelos que contêm compostos adaptogénicos na natureza.
Provavelmente já se deparou com a espécie cordyceps, não propriamente por este procurado na natureza, mas porque esta variedade de cogumelo em particular aparece imenso na cultura popular. De facto, a capacidade do cogumelo de brotar do interior do corpo de insetos e de outros artrópodes é um conceito apresentado em filmes, jogos de vídeo e romances.
No entanto, não são as tendências parasíticas do cogumelo, mas a sua prevalência na medicina chinesa e tibetana que captaram a atenção dos entusiastas do bem-estar. Crescendo nativamente na China, Coreia e Tailândia, pensava-se que o cogumelo era um reforçador natural da energia, com os ervanários a utilizarem-no para prepararem tónicos revigorantes.[1]
Duas das espécies mais procuradas são o Cordyceps sinensis e o Cordyceps militaris, que desenvolvem um corpo longilíneo, estilo dedos, frequentemente de cor castanha ou laranja-acastanhado. No entanto, nos dias de hoje, a maioria dos suplementos possuem extrato de cordyceps produzido em laboratórios. Embora seja quimicamente idêntico, este contorna os vários problemas do cultivo natural.
Muitos estudos em torno dos cordyceps ainda estão nas fases de laboratório ou de testagem em animais. No entanto, graças à estrutura química diversa do cogumelo (aminoácidos, vitaminas e minerais), os cientistas estão interessados em explorar os potenciais resultados terapêuticos.
A energia e resistência são fatores cruciais para o nosso desempenho físico, independentemente de ir casualmente ao ginásio ou de ser um atleta de alto rendimento. Felizmente, parece que os cogumelos cordyceps podem ter algumas aplicações práticas, com os estudos em animais e modelos humanos a sugerirem ligações à resistência e recuperação.[2]
Investigadores japoneses deram a 36 homens saudáveis suplementos que continham pó de Cordyceps sinensis, registando o impacto que a ingestão regular teve sobre a fadiga e o desempenho do exercício. O relatório sugere que o grupo que foi administrado com os suplementos tinha melhorado a recuperação entre exercícios e aumentado o desempenho respiratório.[3]
No entanto, um estudo inicial sugere que os suplementos de cordyceps têm retornos diminutos para os indivíduos de alto rendimento. O extrato não demonstrou qualquer impacto na capacidade ou recuperação VO₂ num estudo que envolveu atletas com treino de resistência.[4]
Vários estudos de tubo de ensaio sugerem que o consumo de cogumelos cordyceps pode ajudar a suprimir as células inflamatórias designadas por citocinas. As citocinas são proteínas microscópicas que o corpo utiliza para ativar ações inflamatórias. Ao inibirem a taxa de produção de citocinas, os investigadores acreditam que os cogumelos biologicamente ativos, como o Cordyceps sinensis, podem contribuir para tratamentos anti-inflamatórios.[5]
Uma última área de potencial para os cogumelos cordyceps é a da saúde cardíaca, mais concretamente a gestão de uma frequência cardíaca saudável. Num modelo de rato com doença renal crónica, o C. sinensis ajudou a modular as vias entre o stresse oxidativo, o metabolismo da energia e o metabolismo de aminoácidos para regular a função dos órgãos (coração e fígado) danificados pela doença renal.[6]
Os investigadores acrescentaram que as suas descobertas fornecem perspetivas valiosas sobre os remédios holísticos, encurtando a distância entre os mecanismos de ação e as medicinas tradicionais chinesas.
Considerando o habitat natural dos cordyceps (insetos mortos), não é plausível ou economicamente eficaz consumir fontes no estado selvagem. Ao invés, os fabricantes especializados produzem uma versão sintética em massa (Cordyceps CS-4), quimicamente idêntico ao seu homólogo natural.
O Cordyceps CS-4 é o que encontrará no interior da maioria dos pós e suplementos, por conseguinte, mantenha-se atento às listas de ingredientes. Também quererá constatar a presença de dois selos, o United States Pharmacopeia (USP) ou NSF International (NSF), dado que estes simbolizam que os produtos cumprem com as normas de qualidade e de segurança.
Quanto a consumir os cogumelos cordyceps, a opção mais comum é o extrato de cordyceps, uma forma concentrada do cogumelo, que encontrará em suplementos e misturas fitoterápicas. O benefício de usar o extrato de cordyceps é duplo.
Primeiro, permite que as pessoas usufruam de doses muito maiores de cordyceps sem as dificuldades inerentes ao aumento de preço devido ao cultivo. Em segundo lugar, o extrato de cordyceps mistura-se incrivelmente bem com outros ingredientes e fitoterápicos naturais. Não é invulgar encontrar o cogumelo em conjunto com extratos herbais e de plantas para fornecer uma abordagem completa ao bem-estar.
Dispondo apenas de estudos limitados, não sabemos muito sobre os potenciais efeitos secundários do cordyceps. Tanto quanto sabemos atualmente, os efeitos secundários podem incluir náuseas, dores estomacais e diarreia, mas estes sintomas aparentam ser raros, inclusive com a extensiva utilização do cogumelo na medicina chinesa.
Desde que compre produtos com cordyceps de um fornecedor com boa reputação, a probabilidade de vivenciar efeitos adversos é muito remota. Não obstante, é sempre melhor começar por baixo e devagar, particularmente caso nunca tenha experimentado os cogumelos adaptogénicos. Também deve evitar os cogumelos adaptogénicos caso tenha alguma alergia a cogumelos.
Tendo como base a nossa compreensão limitada sobre as interações dos cogumelos cordyceps e as evidências alegóricas da medicina chinesa, esta espécie em particular aparenta ser segura de consumir no âmbito de uma rotina de bem-estar equilibrada. Como é óbvio, aplicam-se as precauções habituais, tais como assegurar que os produtos provêm de fornecedores de boa reputação e de que os suplementos incluem uma lista verificada de ingredientes.
Sem a menor dúvida, esta espécie fascinante poderá ter um enorme potencial. À medida que o interesse relativamente ao cogumelos adaptogénicos cresce, esperançosamente, iremos assistir a mais estudos estabelecidos nos espectros pré-clínico, modelo animal e controlado por placebo.
Acrescente o extrato de alta qualidade do cogumelo cordyceps à sua rotina de bem-estar diária com os suplementos de cogumelos adaptogénicos da loja Cibdol. Ou, saiba mais sobre a categoria como um todo visitando a nossa secção Educação.
[1] Panda AK, Swain KC. Usos tradicionais e potencial medicinal do cordyceps sinensis de Sikkim. Journal of Ayurveda and integrative medicine. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3121254/. Publicado em janeiro de 2011. [Fonte]
[2] YF; X. Efeito do polissacarídeo do cordyceps militaris (Ascomicetos) sobre a fadiga física induzida por natação forçada. International journal of medicinal mushrooms. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28094746/. Publicado em 2016. [Fonte]
[3] Nagata A, Tajima T, Uchida M. Efeitos antifadiga suplementares do pó de extrato de cordyceps sinensis (Tochu-Kaso) passo a passo no humano durante o exercício de corrida. Japanese Journal of Physical Fitness and Sports Medicine. https://www.jstage.jst.go.jp/article/jspfsm/55/Supplement/55_S145/_article. Publicado a 27 de setembro de 2006. [Fonte]
[4] Parcell AC;Smith JM;Schulthies SS;Myrer JW;Fellingham G; A. A suplementação com o cordyceps sinensis (CordyMax CS-4) não melhora o desempenho da resistência durante o exercício. International journal of sport nutrition and exercise metabolism. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15118196/. Publicado em 2004. [Fonte]
[5] Park S-Y, Jung S-J, Ha K-C, et al. Efeitos anti-inflamatórios do cordyceps mycelium (paecilomyces hepiali, CBG-CS-2) em macrófagos murinos. Oriental pharmacy and experimental medicine. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4371127/. Publicado em 2015. [Fonte]
[6] Liu X, Zhong F, Tang X-long, et al. O cordyceps sinensis protege contra lesões hepáticas e cardíacas num modelo de rato com doença renal crónica: uma análise metabólica. Acta pharmacologica Sinica. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4814030/. Publicado em maio de 2014. [Fonte]
[1] Panda AK, Swain KC. Usos tradicionais e potencial medicinal do cordyceps sinensis de Sikkim. Journal of Ayurveda and integrative medicine. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3121254/. Publicado em janeiro de 2011. [Fonte]
[2] YF; X. Efeito do polissacarídeo do cordyceps militaris (Ascomicetos) sobre a fadiga física induzida por natação forçada. International journal of medicinal mushrooms. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28094746/. Publicado em 2016. [Fonte]
[3] Nagata A, Tajima T, Uchida M. Efeitos antifadiga suplementares do pó de extrato de cordyceps sinensis (Tochu-Kaso) passo a passo no humano durante o exercício de corrida. Japanese Journal of Physical Fitness and Sports Medicine. https://www.jstage.jst.go.jp/article/jspfsm/55/Supplement/55_S145/_article. Publicado a 27 de setembro de 2006. [Fonte]
[4] Parcell AC;Smith JM;Schulthies SS;Myrer JW;Fellingham G; A. A suplementação com o cordyceps sinensis (CordyMax CS-4) não melhora o desempenho da resistência durante o exercício. International journal of sport nutrition and exercise metabolism. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15118196/. Publicado em 2004. [Fonte]
[5] Park S-Y, Jung S-J, Ha K-C, et al. Efeitos anti-inflamatórios do cordyceps mycelium (paecilomyces hepiali, CBG-CS-2) em macrófagos murinos. Oriental pharmacy and experimental medicine. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4371127/. Publicado em 2015. [Fonte]
[6] Liu X, Zhong F, Tang X-long, et al. O cordyceps sinensis protege contra lesões hepáticas e cardíacas num modelo de rato com doença renal crónica: uma análise metabólica. Acta pharmacologica Sinica. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4814030/. Publicado em maio de 2014. [Fonte]